Novo-u-joss (Controlados)

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Novo-u-joss é uma cidade da região noroeste de Heelum, cujo centro está localizado na nascente do Rio Pudro, aos pés da montanha Umejinsel. Os jirs ligados à cidade se espalham pelas planícies ao leste na área ao redor do rio rumo ao mar (onde, na foz do Pudro, encontra-se o porto da cidade) e nas colinas e florestas ao oeste. Em na-u-min Novo-u-joss significa "colina da música".


Pronúncia do nome da cidade ("Novoujós")

Fundação[editar]

Novo-u-joss foi a décima-nona (vigésima, considerando os al-u-bu-u-na) cidade a ser fundada. Foi fundada durante a fase de aventuras, mais especificamente na Aventura do Norte, por exploradores de Rirn-u-jir cansados da inclinação militar e tecnóloga da cidade - eles eram pessoas em permanente contato com os intelectuais e artistas de outras cidades. Formaram então uma primeira onda de exploradores que fundou a cidade de Novo-u-joss.

A cidade foi fundada em um terreno estrategicamente importante, mas a vocação cultural de Novo-u-joss aflorou quando da descoberta do níquel e subsequente invenção da guitarra. A guitarra tinha um som naturalmente amplificado e diferente de qualquer outro instrumento, o que lhe garantiu um status de mistério de Heelum. A cidade moldou portanto um cenário musical completamente diferente, quebrando a tendência de retorno às tradições musicais da Cidade Arcaica, ao introduzir o rock. O sistema político de Al-u-een foi copiado quase que literalmente, uma escolha fácil e direta para os exploradores da época.

Revolução sexual de Jinsel[editar]

Um acontecimento ainda na fase da Primeira Guerra foi a revolução sexual como concebida em Jinsel. A cultura relativa ao sexo - sob, contava-se, a orientação da luz - preconizava o sexo como um acontecimento a ser protegido, no sentido de não misturá-lo a outros aspectos da vida social, especialmente os festivais e as artes. Jinsel colocou essa perspectiva em cheque, e Novo-u-joss adotou brevemente essa perspectiva, ainda que não de forma unânime - por vezes até desenvolveu uma identidade em contraposição a isso, tendência esta que só cresceu com o tempo.

Segunda Aurora[editar]

Novo-u-joss já havia desenvolvido uma agricultura variada, embora não muito extensa - as jirs que seguiram o Rio Pudro até o mar foram surgindo para suprir essa demanda nova, uma vez que o comércio com outras cidades foi largamente interrompido. Uma estrada foi ligada conectando a cidade à Inasi-u-een, e, mais tarde, uma estrada nova saindo do meio dessa estrada ligava a cidade também a Dun-u-dengo e Jinsel, o que ajudou a, pouco a pouco, revitalizar a conexão entre elas.

A revolução sexual de Jinsel foi perdendo relevância em Novo-u-joss, mas seus efeitos ao longo da segunda aurora foi uma mente mais aberta, por parte dos cidadãos, em relação a aparições ou fortes alusões ao sexo em peças de teatro ou músicas de rock. Além disso, tendo a geração que iniciou a polêmica ficado mais velha, as configurações familiares da cidade foram mudando, ficando mais flexíveis e circunstanciais: "com quem morar", constituindo assim uma espécie de grupo familiar, foi se tornando uma questão de afinidade muito mais do que de laços de sangue.

Muito tempo se passou até que uma estrada fosse construída entre Novo-u-joss e Rirn-u-jir, ligando a cidade ao sul de Heelum. O clima de inimizade cultural entre as cidades do Noroeste, contudo, havia se traduzido, ao longo dos séculos que se passaram, em uma consistente diferenciação linguística que foi modificada com mais uma grande medida de tempo de medidas conflituosas impostas na Convenção da Modernidade.

O rock, apesar de se manter bem parecido ao longo do tempo em Novo-u-joss a partir da forte identificação e orgulho da cidade em relação à música, sofreu certa diferenciação em outras cidades que, ao tentarem desenvolver o rock, adicionaram seus próprios estilos e ritmos a ele ao longo do tempo.

Terceira Aurora[editar]

A terceira aurora trouxe para Novo-u-joss um fortalecimento de sua identidade. Ao passar a interagir mais com outras cidades e com os minérios, uma série de questões empurrou a cidade para uma solidificação de sua personalidade: as esferas de fogo causaram uma grande aversão nos músicos, que movimentaram-se para afirmar o rock como uma música humana, criativa, espontânea, que não envolvia automatismos como os minérios que "produziam" música. Até mesmo no teatro a cidade tentou inovar, ao misturar o estilo tradicional de faze teatro com o estilo próprio de Kor-u-een. Os festivais musicais de rock, contudo, foram o grande destaque cultural da cidade durante o período.

Quarta Aurora, Quinta Aurora e Aurora da União[editar]

Novo-u-joss em detalhe nos mapas do livro.

Novo-u-joss foi tão atingida pelas doenças da noite como todas as cidades, e a magia lhe foi tão pervasiva quanto nas outras cidades também. Uma das consequências da Aurora da União que foi sentida com mais força em Novo-u-joss foi um certo adormecimento da arte. No momento em que os magos dominavam de forma inexorável os povos de Heelum, a arte surgia como uma expressão aguda da contradição: as pessoas deveriam estar felizes e gratas pelo desaparecimento das doenças da noite, e de fato os magos garantiam que elas se sentissem assim. No entanto, alguns começavam a se sentir oprimidos e falsos, fabricados por essa relação de gratidão mandatória e por uma reorganização da vida social voltada para um trabalho incessante e tão oneroso como na época em que as doenças da noite atacavam.

Foi então que a palavra em na-u-min para "infeliz" sofreu uma influência da língua moderna e surgiu a palavra "modenal", que descrevia um novo estilo de rock: melancólico, com solos lentos e arrastados. Avessos à multidão, as bandas que faziam rock modenal tocavam de forma solitária ou entre grupos pequenos. Ainda assim, a novidade do som reflexivo e introspectivo logo chegou a todos. Ele nunca se tornou tão popular quanto o rock original ou mesmo a música tradicional, mas fez uma contribuição importante para o lento renascimento criativo da música e também das outras artes.

Primeira Guerra Moderna[editar]

Novo-u-joss nunca foi uma cidade de cunho militarístico, mas com a chegada das notícias sobre Mosves, a cidade sofreu uma transformação radical. Era como se a chave dos problemas existenciais - tão expressos no rock modenal, mas escondidos da vida cotidiana pela maquiagem mágica da felicidade geral - de repente se revelasse na forma de um inimigo da humanidade: a magia logo passou a receber uma forte opinião pública negativa, e muitos foram os voluntários, mesmo inexperientes, para lutar contra Mosves no sul de Heelum.

O exército da cidade, formado às pressas e treinado ainda com menos cuidado, foi se juntar às tropas muito mais bem treinadas de Inasi-u-een e de Imiorina na tomada de Prima-u-jir, um marco fundamental na vitória contra Mosves.

Segunda Guerra Moderna[editar]

Novo-u-joss participou da Segunda Guerra Moderna de uma forma diferente: a cidade, após a grande perda humana durante a Primeira Guerra Moderna, decidiu esperar até atacar Al-u-tengo. Com o cerco terrestre já adiantado, a cidade enviou alguns navios para participar do cerco marítimo junto com Dun-u-dengo e Inasi-u-een.

Terceira Guerra Moderna[editar]

Foi apenas nesta época que Novo-u-joss encontrou a guerra aos pés da própria cidade ao invés de viajar para combatê-la. Não apenas os espólicos agiam na cidade, como também os exércitos de Napiczar chegaram a batalhar contra o exército de Novo-u-joss. Para a sorte da cidade, as tropas do governor chegaram a Novo-u-joss apenas quando Napiczar já estava fraco. A cidade se preparou para resistir a uma segunda investida após um período de batalhas do qual saiu vitoriosa (mas já imaginando que não resistiram ao segundo ataque), quando receberam a notícia de que Napiczar havia morrido e seus exércitos haviam dispersado. Supõe-se que os exércitos que iriam tentar avançar sobre Novo-u-joss tenham se transformado nos procos, a última espécie de monstro.

"No princípio seguravam-se para não cair; os yutsis corriam a toda velocidade nas descidas e subidas dos campos sedutores, a maioria castrados por terraços com batatas, todos com a presença de no mínimo alguns arbustos densos. Conseguiam, ainda assim, admirar algo das montanhas ao norte e ver, quando passavam pelos pontos mais elevados do trajeto, um pouco do rio Pudro. O que mais gostavam era, sem dúvida, as estrelas, que podiam ver de qualquer lugar: azuis e verdes (por vezes tão escuras que eram quase invisíveis ante o manto púrpura do céu), algumas vermelhas, alaranjadas, amarelas ou rosas. As estrelas de Novo-u-joss lhes desejavam boa sorte; podiam sentir o vento trazendo aquela mensagem do céu." A Aliança dos Castelos Ocultos, capítulo 6

Após o episódio, Novo-u-joss seguiu a tendência de muitas cidades: a formação de um exército permanente e o controle da magia. Em Novo-u-joss o controle foi feito de forma diferente: os magos têm permissão para ficar na cidade, mas precisam ser cadastrados para serem acompanhados pelo governo da cidade; de resto a magia é terminantemente proibida.

Acontecimentos do primeiro livro[editar]

A cidade ainda gira em torno do amor à música, o que é notável em todos os aspectos da região. A incorporação própria e diferente da revolução sexual de Jinsel resultou na obliteração quanto à qualquer ideia de família que precise dos laços de sangue para existir: a vida segue entre grupos de afinidade, de amizade, embora envolvam muitas vezes pessoas com parentesco também.

O grande desafio contemporâneo para a cidade e o orgulho que tem do rock original é o rock da cidade: variação que muitas vezes usa esferas de fogo, não têm solos e parece uma versão mais "simplificada" das harmonias do estilo musical. A maioria dos músicos a considera uma deterioração do rock, enquanto popularmente a opinião é dividida. Não é o estilo mais famoso em Novo-u-joss, mas faz sucesso em outras cidades.

Refletindo a variedade musical, as roupas também estão entre as mais coloridas e diversas de Heelum.

Acontecimentos do segundo livro[editar]

Novo-u-joss fica, inicialmente, contra o Conselho dos Magos. O medo de uma batalha para a qual o povo não sabe se tem forças é, contudo, bastante explorado pelos magos locais, que forçam o governo após o desastre inicial da campanha (Batalha da emboscada na Floresta Inasi e a subsequente queda de Inasi-u-een) a desistir e passar a apoiar o Conselho.

Capítulos com a cidade como cenário[editar]

  • Volume I
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