Editando Arcos Brancos (Controlados)
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Os Arcos Brancos compõem uma estrutura, criada pela Rede de Luz na gênese da [[Primeira Aurora (Controlados)|Primeira Aurora]], em que os humanos faziam inscrições em [[Na-u-min (Controlados)|na-u-min]] que acabam servindo como o único registro escrito da época. | |||
==Análise das inscrições== | ==Análise das inscrições== | ||
[[Arquivo:Arcos-brancos.jpg| | [[Arquivo:Arcos-brancos.jpg|250px|left|thumb|Rascunho dos Arcos feito pelo autor durante a produção da capa do Volume II.]]As inscrições não podiam ter preocupação prática, ou a própria preocupação de que a luz pudesse um dia desaparecer (tornando necessárias as inscrições, para passar ensinamentos às próximas gerações) estaria inscrita neles. Ao invés disso, parece que o aspecto prático era tão ou menos importante que o aspecto artístico, ainda que isso não significasse que a escrita (especialmente nos arcos brancos) fosse o principal meio de criação de ficção. | ||
Acredita-se que as inscrições não sejam ficções, mas sim crônicas sobre o cotidiano das pessoas interagindo na cidade e as lições extraídas de cada problema, de cada disputa, de cada questão que surgia no seio da sociedade. | [[Arquivo:capav2.png|200px|right|thumb|Os Arcos têm proeminência na capa do Volume II, A Guerra da União, em decorrência da Batalha da Cidade Arcaica.]]Acredita-se que as inscrições não sejam ficções, mas sim crônicas sobre o cotidiano das pessoas interagindo na cidade e as lições extraídas de cada problema, de cada disputa, de cada questão que surgia no seio da sociedade. | ||
A descrição do modo como a aproximação das pessoas por meio da luz resolvia os problemas é uma meta constante das inscrições – em meio a sugestões e guias para uma vida melhor por parte, segundo as inscrições, da própria luz [[Capítulo 4 do Volume 1: A porta (Controlados)#iah|como o próprio entendimento sobre o tratamento que deve ser dispensado aos jovens]]. | A descrição do modo como a aproximação das pessoas por meio da luz resolvia os problemas é uma meta constante das inscrições – em meio a sugestões e guias para uma vida melhor por parte, segundo as inscrições, da própria luz [[Capítulo 4 do Volume 1: A porta (Controlados)#iah|como o próprio entendimento sobre o tratamento que deve ser dispensado aos jovens]]. | ||
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<p style="padding: 10px; background-color:lightgrey;">"As fileiras de casas e prédios em alto contraste formavam corredores longos, largos e cheios de gente, mas por cima das cabeças e das charretes elevava-se o topo dos Arcos, com suas finas conexões e sua cor peculiar. (...) O pequeno pedaço da cor era tão reconfortante que um sorriso, por interno e privado que fosse, surgia na boca de qualquer um. Fria lacuna no campo de visão, vazio indescritível no meio do que de repente pareciam cores demais — estranho desejo de visão, nada naquela rua chamava mais atenção que o pouco do topo que podia ser visto à distância. Ele puxava, hipnotizava, prendia com a pureza da construção, com a forma como as sombras dos relevos inscritos não se rendiam à escuridão e com o jeito amargurado do sol, que não conseguia deixá-los amarelos por mais que tentasse. Tudo se tornava mais velho e milenar quanto mais perto dos Arcos estivessem, eles mesmos podendo se sentir presenciando de novo o cenário de um evento único e impossível, belo e depressivo." - [[Capítulo 10 do Volume 2: A propósito (Controlados)|Capítulo 10 de A Guerra da União]]</p> | <p style="padding: 10px; background-color:lightgrey;">"As fileiras de casas e prédios em alto contraste formavam corredores longos, largos e cheios de gente, mas por cima das cabeças e das charretes elevava-se o topo dos Arcos, com suas finas conexões e sua cor peculiar. (...) O pequeno pedaço da cor era tão reconfortante que um sorriso, por interno e privado que fosse, surgia na boca de qualquer um. Fria lacuna no campo de visão, vazio indescritível no meio do que de repente pareciam cores demais — estranho desejo de visão, nada naquela rua chamava mais atenção que o pouco do topo que podia ser visto à distância. Ele puxava, hipnotizava, prendia com a pureza da construção, com a forma como as sombras dos relevos inscritos não se rendiam à escuridão e com o jeito amargurado do sol, que não conseguia deixá-los amarelos por mais que tentasse. Tudo se tornava mais velho e milenar quanto mais perto dos Arcos estivessem, eles mesmos podendo se sentir presenciando de novo o cenário de um evento único e impossível, belo e depressivo." - [[Capítulo 10 do Volume 2: A propósito (Controlados)|Capítulo 10 de A Guerra da União]]</p> | ||
[[Arquivo: | [[Arquivo:Arcos-det.png|200px|left|thumb|No detalhe do mapa, representação dos Arcos Brancos.]]Os Arcos funcionam como um símbolo para muitas coisas: a união essencial da humanidade; um passado idílico, em que a Rede de Luz estava presente; o prestígio da Cidade Arcaica; a vitória do engenho humano sobre o Yutsi Rubro. | ||
Sendo o único objeto branco em Heelum, existem muitos viajantes que peregrinam à Cidade Arcaica apenas para poder ver esta cor no monumento. São poucos os que ficam indiferentes aos Arcos, e sua multiplicidade enquanto símbolo faz com que possa se prestar a inspiração para muitos movimentos políticos, ideológicos e artísticos, como por exemplo os filinorfos. | Sendo o único objeto branco em Heelum, existem muitos viajantes que peregrinam à Cidade Arcaica apenas para poder ver esta cor no monumento. São poucos os que ficam indiferentes aos Arcos, e sua multiplicidade enquanto símbolo faz com que possa se prestar a inspiração para muitos movimentos políticos, ideológicos e artísticos, como por exemplo os filinorfos. | ||