Discussão:Agência (Jogo)

De Wiki Petercast
Revisão de 21h32min de 17 de abril de 2018 por Peterson (discussão | contribs) (→‎Roadmap)
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Versionamento

A versão atual do jogo é a 1.180417.

Há uma versão de testes, chamada 1.180417.1

A primeira versão pública do jogo é a 1.180416.

O primeiro número faz referência a um modelo mais amplo do jogo; apenas grandes modificações estéticas ou estruturais devem fazer este número aumentar.

Os decimais fazem referência à data em que a versão foi publicamente lançada, e abrangem tanto correções quanto pequenas modificações.

Versões de testes / remixes devem acrescentar à versão de base utilizada novos decimais - por exemplo, versão "1.180416.1". Por favor mantenham esse padrão para que os remixes sejam facilmente comparáveis ao jogo-base, e anotem as modificações feitas no Changelog abaixo, de preferência com um link para os arquivos do novo jogo.

Changelog

1.180417: O PDF do tutorial básico das regras Bourdieu foi atualizado, com duas colunas e a adição da questão dos desempates, que não estava lá antes.

Ideias abandonadas ou removidas nas versões 0.x

Cartas

  • Imaginação sociológica - não vejo como se encaixaria muito no jogo, ou como estrutura social
  • Estruturação - (conceito do Giddens) tirei porque é uma coisa tão imanente ao jogo, mas ao tempo tão vanilla, não vejo como se encaixaria...
  • Racismo, discriminação, homofobia, etc - tá espalhado e subjaz diversas outras cartas, de conservadorismo cultural até etnogenocídio...
  • Corrosão do caráter / capitalismo tardio - já está representado em modernidade líquida, embora seria ótimo se o título pudesse incorporar as três coisas.
  • Desconstrução - já está em pós-modernismo
  • Neocolonialismo - já está(rá) contemplado em relações coloniais, acho, e está agora mais ou menos em flagelo do imperialismo
  • Intervenção [militar] internacional - acho que já está mais ou menos contemplado em espírito na missão de paz da ONU
  • Nepotismo - no sobrenome tradicional acho que já tem a ver.
  • Diáspora - no fim das contas acho que já tá contemplado pela perseguição religiosa, sem falar da vida nas montanhas.
  • Imunidade parlamentar / foro privilegiado - já meeeeio que tem a ver com a vantagem do incumbente.
  • População decrescente: não vejo muitos exemplos que não sejam causados por algo que vai estar aqui...
  • Língua / cultura que entra em extinção: não vejo como muito interessante no contexto do jogo, também, sei lá.
  • Desigualdade / igualdade / inclusão social: eu acho que isso tá embutido profundamente no sistema do jogo em si, nas ideologias, nas cartas, etc.
  • Fome / miséria / pobreza: acho que nas cartas já está bem refletido coisas que podem causar isso.
  • Experimentos genéticos: acho interessante, mas não sei como se integraria ao jogo… E em que medida já não viemos fazendo isso em alguma medida há muito tempo? A questão aqui acaba sendo uma dinâmica de acentuação de desigualdades que não vejo como fazendo muita diferença na dinâmica do jogo… Além disso, já tem darwinismo social também...
  • Algo a ver com Hobbes / Lockes / Rousseau / contrato social: sinto que isso tem a ver já profundamente com certas dinâmicas do jogo, que isso tá refletido em várias outras cartas e ideologias de forma espalhada, e em alguns casos não faria muito sentido no contexto do jogo.
  • Separação dos poderes: tem a ver com o republicanismo, com o republicanismo madisoniano, etc…
  • Algo a ver com Maquiavel: não vejo como integrá-lo ao jogo e também não queria fazer nada que representasse mal sua figura como pensador político (ah porque os fins justificam os meios blá blá blá…)
  • Razões de Estado: bem distribuído em outras cartas, dinâmica do jogo, etc. Ver acima sobre Maquiavel…
  • Algo a ver com natureza humana: as partes relevantes do que poderia ter a ver com isso na dinâmica do jogo já estão representados em algumas outras cartas e coisas.
  • Relativismo cultural: tem pós-modernismo, modernidade líquida, etc etc etc…
  • Algo como “O establishment”: também vejo que está bem embutido na dinâmica do jogo ou representado em outras cartas…
  • Desmonte da educação: já tem fim da história, aí tem plano de privatizações, etc…
  • Austeridade: já tá contemplado em neoliberalismo, taxação regressiva...
  • Crise (econômica) / desemprego: a ideia de crise já é integral ao jogo. Me parece que estamos precisamente brincando com que circunstâncias causam crises (de todo tipo, não só econômicas).
  • Mercado de trabalho: me parece muito genérico. E já tem mais-valia também, pleno emprego...
  • A pirâmide social: não sei, me parece que já tá muito embutido na lógica do jogo, espalhado pelas outras cartas, enfim…
  • Fake news: vou compensar com "A máquina política de propaganda", dá no mesmo.
  • Trabalho alienado: Tem mais-valia, tem várias coisas sobre capitalismo...
  • Cartesianismo / Racionalismo: acho que iluminismo e positivismo já cobrem bem.
  • Politeísmo / misticismo: sigilo pagão e identidade religiosa cobrem bem.
  • Líder / liderança comunitária / associação de bairro: não só tem a carta natural liderança como tem daí cooperação comunitária, mobilização popular, etc.
  • Fisiocracia: meh. Tem corrida eleitoral e outras coisas mais sobre política partidária... Tem Patrimonialismo
  • Jeitinho brasileiro / carteirada: tem sobrenome tradicional.
  • Criatividade / inocação como carta natural: tem liderança... E a própria ideia de que quem tem mais cartas resolve crises e propõe revoltas tem a ver com isso.
  • Decapitação do rei: já tinha muita coisa sobre revolução francesa e assassinatos políticos tomou seu lugar, daí.
  • Revolução Francesa: ficou a tomada da Bastilha.
  • Revolução dos Costumes / Cultura Rebelde: com a carta "Nova geração" isso perde sentido como estrutura.
  • Alternância de elites - acho que eu quis colocar algo como "mera" alternância de elites, mas talvez isso esteja mais espalhado por outras cartas ou pela relação entre elas (pelo fato de que algumas representam políticas de Estado e outras não, tipo mobilização popular, etc). Acho que alternância de elites poderia ser vista como a dinâmica do jogo como um todo, porquanto é jogo, tem poucos jogadores, etc... Não sei.
  • Ordem e progresso: queria usar no lugar do positivismo por ser seu lema, mas a ironia podia ser ignorada e aí suportar uma ideia meio estranha das coisas.
  • O calendário maia / aritmética / astronomia: não botei porque aí ia ter que botar toda ciência e disciplina e saber antigo perdido e tudo o mais, etc - ver acima também língua / cultura perdida / em extinção, etc. Além do que, não coloquei aqui filosofia, sociologia, antropologia, essas coisas, coloquei coisas que elas estudam... E esse é um jogo sobre sociedade, não avanços tecnológicos (somente à medida que estes têm grande impacto sobre aquela!), então...
  • "SUS": estado de bem-estar social...
  • As olimpíadas / eventos de grande porte (copa do mundo, etc): o que poderia significar em termos de jogo??
  • Congresso das Nações Unidas - Não sei exatamente o que poderia significar em termos de jogo.
  • Empreendedorismo - não vi como julgar exatamente isso. Como um fenômeno cultural chato, ou parte de um avanço neoliberal? Em relação ao próprio jogador - é algo que pode "dar certo" financeiramente falando e pode não dar, e custar-lhe muito... Preferi manter a ideia de "investimento de risco" pra abranger um investimento em si mesmo enquanto empreendedor, e de resto isso aí tá espalhado em várias outras cartas...
  • Referendo / plebiscito - não só a ideia de aprovação está ali nas revoltas como também coloquei um pouco disso na assembleia constituinte. E tem também democracia direta, mobilização popular.
  • Confederação Tamoio - no fundo no fundo, tem tratados internacionais, cooperação comunitária, e principalmente resistência de guerrilha...
  • Infrastrutura - tem um pouco a ver com isso o estado de bem-estar social, globalização...
  • Desmilitarização da polícia - se ainda houver uma polícia, ainda vai dar merda a depender de outras coisas... Acho que não ia adiantar muito citar isso. Acho que é pelo contrário, a repressão da polícia brasileira (uma das poucas militarizadas) que é curiosa e por isso está ali na carta de repressão policial...
  • Monopólio do uso da força - acho que é muito genérico representar isso com uma carta só. Obviamente está distribuído em várias cartas.
  • Miscigenação cultural / sincretismo - humanismo cosmopolita meeeio que dá conta disso.
  • Alguma coisa sobre Rojava: temos rev. feminista e temos confederalismo autogestionário...
  • Livre mercado - também representado em outras coisas, e tem o neoliberalismo...
  • Terceirização - Já tem neoliberalismo
  • Hedonismo - No fim das contas já tem o consumismo, so...
  • Lavagem de dinheiro / Caixa 2 / Paraíso fiscal: já tem a corrupção sistêmica!
  • Cessar-fogo - Muito perto de rendição, já tem um ali que impede compras...
  • Patriotismo / nacionalismo / jingoísmo - já tem populismo xenófobo... E um menos intenso orgulho ou carinho pelo local de origem é muito fraco (e universal) pra ser estrutura contingente.
  • Outsourcing: já tem neoliberalismo
  • Juros de cartão de crédito: tem neoliberalismo, tem falência...
  • Autoritarismo / Ditadura / Concentração de poder - tem tantos elementos que representam isso aqui...
  • Cristianismo / Budismo / Judaísmo / qualquer religião específica - maluquice definir efeitos pra essas coisas.
  • Caridade - já tem ajuda humanitária
  • Livro, filho e árvore - Não só presume alguns objetivos da vida (que no caso é mais coisa do campo e das condições de vitória) mas também é muito individualista
  • Economia planificada - Já tem Estatização dos meios de produção
  • Plutocracia - Já tem aristocracia financeira!!
  • Sociedade do risco - embora seja um conceito sociológico importante, já tem investimento de risco e não queria falar duas vezes sobre risco. Também não queria botar algo como "jogos de azar", que não sei se tem muito a ver com o espírito do jogo, se pode ser conciliado - ou pelo menos substituindo a sociedade do risco, também que tinha um efeito peculiar (descarte 2 cartas enquanto os outros descartam 1; quer dizer, é super bom pra ti, mas não só pode dar crise como outros podem ganhar primeiro, ou seja, envolve um certo risco).
  • Sensibilidade ecológica - eu tava precisando me livrar de um, o efeito era meio podreca, e já tinha legislação ambiental
  • Neoplatonismo - Se fosse pra representar alguma coisa tinha que ser o platonismo, né... E também, o neoplatonismo parece ser menos importante que muitas outras teorias filosóficas em geral. Agora, se o [neo]platonismo tá disperso em outras cartas já não sei...
  • Ateísmo e agnosticismo - já tem secularismo, e eu não botei nenhuma religião específica, então não deveria também botar ausência de religião...
  • Investimento de risco - já tem quebra da bolsa de valores...
  • Bolha financeira - mesma coisa que [investimento de risco] acima.
  • Catástrofe ambiental - já tem aquecimento global.
  • Messianismo - Como o J G apontou, esse é mais um termo hostil / de propaganda pra desqualificar movimentos sociais das classes mais pobres... Então tirei.
  • Neopentecostalismo - De novo, se não coloquei nenhuma religião específica...
  • Espiritismo - Mesa razão sobre religiões.

Dinâmica de jogo

  • A prioridade na resolução de crises e revoltas costumava ser do jogador que batesse primeiro no monte de cartas. Isso era péssimo por vários motivos, desde deixar um jogo tático como esse à mercê de um fator que depende bastante do aspecto físico dos jogadores até prejuízo da própria integridade das cartas, irritação quanto às regras exatas em relação ao tempo e o jeito de bater nas cartas, etc.
  • Antes, era possível ativar as revoltas após um período de tempo depois da última crise. Isso criava uma dinâmica confusa em relação a quando exatamente era possível propor uma revolta e criava um gameplay mais chato, com um status quo mais estável.
  • Cogitei a ideia de fazer com que a liderança permitisse que um jogador alterasse uma estrutura fora de sua jogada. Mas aí ia fuder o fluxo do jogo - e a própria jogada tem vários momentos, e isso ia criar muitas regras adicionais... O cara pode acionar uma liderança antes da crise? E depois da execução mas antes da nova geração? Etc.
  • A liderança e a nova geração poderiam ser ativadas a qualquer momento, ou uma delas poderia, mas isso deixaria o jogo muito "mutante", acho.

Roadmap

1.180417.1: Na medida em que as cartas Nova Geração acabam se tornando a principal forma de mudar as estruturas, há uma pressão cognitiva muito grande durante a partida para verificar se o número de cartas nas mãos dos jogadores é par. Isso deixa o jogo pouco fluido, muito travado - claro, o que os jogadores realmente querem é poder "agir" mais, mas isso tiraria o aspecto de representação social do jogo.

Uma coisa é ter a carta Nova Geração - e pela proporção dela no deck os jogadores acabam tendo mesmo - e não poder usar, depois de contar as cartas nas mãos de todo mundo e ver que é um número ímpar, e ainda por cima estar numa sociedade em que isso não muda. Outra coisa é não ter a carta e seguir o jogo normalmente sem expectativas, sem a constante lembrança da impossibilidade de mudança. Acho que deixa o jogador mais acostumado com o fato de que o jogo tem a ver com seguir as estruturas; deixa-o mais tático, e libera sua atenção para a análise do jogo, evitando que ela seja gasta comnesse detalhe arbitrário do número de cartas.

Assim, a proposta é modificar o efeito da Nova Geração. Mas isso traz uma série de consequências:

  • Primeiro, mudar o efeito.
  • Segundo, isso implica mudar o efeito da carta Explosão demográfica. Inicialmente a ideia é fazer com que a pessoa possa usar a carta Nova Geração sem precisar descartá-la.
  • Terceiro, isso implica também a necessidade de diminuir a oferta dessas cartas no jogo todo - inclusive nos decks adicionais. A ideia, pelo menos no caso do deck principal, é ter apenas 8 dessas cartas.
  • Sendo assim, vai abrir 8 vagas no deck principal, e eu acho que devo tirar cartas do deck social pra que ele fique mais magrinho (parecido com os outros).
  • Embora estou aqui pensando que uma das cartas podia ser uma nova, "Métodos contraceptivos contemporâneos" - que seria tipo o contrário da explosão demográfica no sentido de que a carta nova geração não pode ser usada.
  • Só que aí eu vou ter que recalcular a proporção de cartas naturais e de nova geração no deck principal pra recalcular quantas ficam nos decks adicionais. Com isso abrem vagas nos decks teórico, histórico e estratégico - poucas, mas abrem; mais algumas cartas do deck social vão pra lá, se puderem ser encaixadas tematicamente. É possível que o deck social se esvazie a ponto de ficar igual aos outros, vamos ver. É possível também que, por exemplo, no deck teórico dê pra falar de mais conceitos que acabei excluindo por falta de espaço (ver lista abaixo).
  • Também seria interessante rever a dinâmica da revolta. Eu acho que essa coisa de ficar olhando a diferença entre as cartas... Não sei. Também é outra pressão cognitiva meio arbitrária. E é meio obtusa de explicar também, tanto no tutorial básico como ao vivo fica meio confuso, eu acho.
    • Por um lado, é muito interessante porque 1) ela envolve a desigualdade contextual, atual de uma partida; 2) tem o elemento da aprovação, que acho fundamental, até pela questão da história escrita pelos vencedores, da diferença entre crime, rebeldia, levante, terrorismo e revolução / poder constituinte, paradoxo da soberania, etc. E outras alternativas, quais seriam? 1) Carta natural (tipo liderança, só que ao contrário, pra quem tem mais cartas), acho que deixa a coisa muito aleatória; tira a questão tática do jogador que deve não ferrar muito alguém se quer evitar revoltas; vai ter situações em que alguém quer se revoltar, tem muito motivo, mas por acaso não tem essa carta, ou seja, uma questão de sorte ou coincidência não conseguir. A coisa da aprovação poderia ser reintroduzida, mas a pessoa poderia vencer usando a carta natural revolta. 2) Algum outro mecanismo que não envolva contar a diferença entre as cartas: bom, mas também acho que tira uma interação a mais entre os jogadores de ficar observando quem está ganhando e tal... E seria introduzir outro mecanismo, que poderia ser ainda mais confuso e distante da dinâmica principal do jogo. Por enquanto a coisa tá bem compartimentalizada (antes da execução da estrutura, tem crise e revolta; depois, as cartas naturais) e organizada, acho que não vale a pena mexer nisso.
  • Ah, depois que mudar os decks mudar também os tutoriais; acho que o único que precisa de mudança na real é o Bourdieu

Próxima versão 1.x:

  • Realmente converter os tutoriais básicos em PDF para a wiki, que está um pouco defasada em relação a eles (especialmente o modo Bourdieu e a das hegemonias, que nem existe!)

Versão 2.x:

  • Trocar imagens de fundo por imagens Creative Commons, especialmente que permitam distribuição comercial.
  • Ter uma única versão de conjunto de decks, que possa ser impressa toda em P&B e ser daltônico-friendly sem deixar de ser esteticamente agradável e incluir cores para quem puder vê-las / imprimi-las.
  • Separar condições de efeitos para a dinâmica de jogo ficar mais fácil de perceber.

Versão 3.x:

  • Intl: versões em inglês, espanhol, esperanto...