Editando Capítulo 1 do Volume 1: Isolados (Controlados)

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{{CapComentadoNOv1|Isolados|I|1|2%|[[Capítulo 2 do Volume 1: A charrete dos cinco yutsis (Controlados)|Próximo capítulo]]}}
"Isolados" é o primeiro capítulo da Parte I do Volume 1 da série Controlados (A Aliança dos Castelos Ocultos). É portanto o capítulo inicial de toda a série.


Em "Isolados", capítulo que inaugura toda a série Controlados, o mago [[Alorfos (Controlados)|alorfo]] [[Lamar (Controlados)|Lamar]] ensina magia a um grupo de alunos em [[Prima-u-jir (Controlados)|Prima-u-jir]], mas o mago [[Tornero (Controlados)|Tornero]], antiga desavença, ordena que interrompa suas atividades.
Ao terminar este capítulo, o leitor terá lido 2% do livro.


==Personagens==
==Personagens==


* [[Byron (Controlados)|Byron]] (Menção)
''Fazer''
* [[Enrita (Controlados)|Enrita]]
* [[Lamar (Controlados)|Lamar]]
* [[Tornero (Controlados)|Tornero]]


==Capítulo comentado==
==Capítulo comentado==


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{{ComentarioNO|As nuvens amarelas|Como o branco não existe em nada em Heelum a não ser a Rede de Luz e os Arcos Brancos, qualquer objeto que seria de outra forma branco para nós assume cores diferentes. Nuvens, por exemplo, são amarelas. [[Cap%C3%ADtulo_3_do_Volume_1:_O_Yutsi_Rubro_(Controlados)#arcosbrancos|Outros exemplos serão apontados ao longo do livro]].|Peterson Silva (Autor)}}
{{ComentarioNO|As nuvens amarelas|Como o branco não existe em nada em Heelum a não ser a Rede de Luz e os Arcos Brancos, qualquer objeto que seria de outra forma branco para nós assume cores diferentes. Nuvens, por exemplo, são amarelas. <html><a title="Comentário no Capítulo 3" href="http://seriecontrolados.com.br/no/?page_id=236#arcosbrancos">Outros exemplos serão apontados ao longo do livro</a></html>.|Peterson Silva (Autor)}}


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{{ComentarioNO|O Rio da Discórdia|O Rio da Discórdia nasce na montanha oeste das Montanhas Gêmeas (conhecidas por vários nomes, como Guardiãs do Deserto, Gêmeas do Deserto ou como formando a Passagem do Deserto). É claro, límpido e veloz, alargando-se até sua união com o Rio Pesado, que dá origem ao Rio Prima. Tem 79 pontos de comprimento. Para localizá-lo nos mapas e entender a questão dos pontos de comprimento, clique [[Mapas de real proporção (Controlados|aqui]].|Peterson Silva (Autor)}}
{{ComentarioNO|O Rio da Discórdia|O Rio da Discórdia nasce na montanha oeste das Montanhas Gêmeas (conhecidas por vários nomes, como Guardiãs do Deserto, Gêmeas do Deserto ou como formando a Passagem do Deserto). É claro, límpido e veloz, alargando-se até sua união com o Rio Pesado, que dá origem ao Rio Prima. Tem 79 pontos de comprimento. Para localizá-lo nos mapas e entender a questão dos pontos de comprimento, clique <html><a title="Mapas de real proporção" href="http://seriecontrolados.com.br/no/?page_id=95">aqui</a></html>.|Peterson Silva (Autor)}}
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{{ComentarioNO|As Montanhas do Céu|Compõem o grupo de montanhas ao norte do deserto de Imiorina e ao sul da porção mais ocidental da Grande Floresta de Heelum. Ver mais no [[Mapas de real proporção (Controlados)|mapa]].|Peterson Silva (Autor)}}
{{ComentarioNO|As Montanhas do Céu|Compõem o grupo de montanhas ao norte do deserto de Imiorina e ao sul da porção mais ocidental da Grande Floresta de Heelum. Ver mais no <html><a title="Mapas de real proporção" href="http://seriecontrolados.com.br/no/?page_id=95">mapa</a></html>.|Peterson Silva (Autor)}}
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{{ComentarioNO|O Deserto de Imiorina|É uma das duas áreas secas presentes em Heelum, sendo a maior delas. É cortado pelo rio Imioraunk, ao longo do qual a cidade de Imiorina floresce. Ver mais no [[Mapas de real proporção (Controlados)|mapa]].|Peterson Silva (Autor)}}
{{ComentarioNO|O Deserto de Imiorina|É uma das duas áreas secas presentes em Heelum, sendo a maior delas. É cortado pelo rio Imioraunk, ao longo do qual a cidade de Imiorina floresce. Ver mais no <html><a title="Mapas de real proporção" href="http://seriecontrolados.com.br/no/?page_id=95">mapa</a></html>.|Peterson Silva (Autor)}}
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{{ComentarioNO|Prima-u-jir|[[Prima-u-jir (Controlados)|Clique aqui para ler um artigo sobre a cidade]].|Peterson Silva (Autor)}}
{{ComentarioNO|Prima-u-jir|<html><a title="Prima-u-jir" href="http://seriecontrolados.com.br/no/?page_id=576">Clique aqui para ler um artigo sobre a cidade</a></html>.|Peterson Silva (Autor)}}


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{{ComentarioNO|O objetivo de Lamar nesta aula|<html><p>O que Lamar queria que os alunos fizessem? Lamar foi um ex-discípulo de Byron. Como tal, ele está filiado à tradição dos bomins, mesmo depois que deixou de ser discípulo. Uma vez que se tornou alorfo, ele teria aprendido as técnicas específicas deles, mas não teria se diversificado quantos aos ataques (ainda manipularia elementos). No máximo, teria aprendido de outros alorfos (vindo de tradições diferentes) técnicas básicas de outras tradições. Aliás, um motivo secundário do ódio dos magos em relação aos alorfos e filinorfos é a forma como desrespeitam a regra elementar de separação de técnicas, respeitada mesmo dentro do contexto do Conselho dos Magos por causa da ameaça que cada mago representa aos outros.</p>
{{ComentarioNO|O objetivo de Lamar nesta aula|<html>O que Lamar queria que os alunos fizessem? Lamar foi um ex-discípulo de Byron. Como tal, ele está filiado à tradição dos bomins, mesmo depois que deixou de ser discípulo. Uma vez que se tornou alorfo, ele teria aprendido as técnicas específicas deles, mas não teria se diversificado quantos aos ataques (ainda manipularia elementos). No máximo, teria aprendido de outros alorfos (vindo de tradições diferentes) técnicas básicas de outras tradições. Aliás, um motivo secundário do ódio dos magos em relação aos alorfos e filinorfos é a forma como desrespeitam a regra elementar de separação de técnicas, respeitada mesmo dentro do contexto do Conselho dos Magos por causa da ameaça que cada mago representa aos outros.<br />


<p>De qualquer forma, Lamar está ensinando uma técnica bomin básica, que é dar a sensação de conforto a outra pessoa. O "básico", no entanto, não deve ser subestimado: o bomin só aprende uma técnica dessas depois de todo um treinamento de ataque e defesa com os elementos. O básico, nesse caso, significa que ela é mais simples que outras, mas não que seja simples para um iniciante.</p>
De qualquer forma, Lamar está ensinando uma técnica bomin básica, que é dar a sensação de conforto a outra pessoa. O "básico", no entanto, não deve ser subestimado: o bomin só aprende uma técnica dessas depois de todo um treinamento de ataque e defesa com os elementos. O básico, nesse caso, significa que ela é mais simples que outras, mas não que seja simples para um iniciante.<br />


<p>De qualquer forma, Lamar não é um bomin comum. Ele não anda por Neborum, e não pratica magia. Então como ele pretende ensinar? Ele é, de certa forma, </html>[[Cap%C3%ADtulo_2_do_Volume_1:_A_charrete_dos_cinco_yutsis_(Controlados)#problemadefinicao|um "experimento" por parte dos alorfos de Kerlz-u-een]]<html>: um alorfo que ensina magia sem precisar ir muito fundo na prática; um ensino teórico que deve fazer as pessoas terem uma noção do que é a magia para que possam se defender dela e entender melhor o mundo ao seu redor.</p>
De qualquer forma, Lamar não é um bomin comum. Ele não anda por Neborum, e não pratica magia. Então como ele pretende ensinar? Ele é, de certa forma, <a title="Comentário relacionado no capítulo 2" href="http://seriecontrolados.com.br/no/?page_id=149#problemadefinicao">um "experimento" por parte dos alorfos de Kerlz-u-een</a>: um alorfo que ensina magia sem precisar ir muito fundo na prática; um ensino teórico que deve fazer as pessoas terem uma noção do que é a magia para que possam se defender dela e entender melhor o mundo ao seu redor.<br />


<p>Lamar quer, portanto, causar o mesmo efeito de uma técnica bomin básica, mas sem que os alunos precisem lidar com Neborum. Em substituição a isso, Lamar conta com a vontade de cada um para produzir aquele efeito, e pede que os alunos não ofereçam resistência, ou seja, se tornem mais sugestionáveis e tenham a mente aberta em relação aos resultados.</p>
Lamar quer, portanto, causar o mesmo efeito de uma técnica bomin básica, mas sem que os alunos precisem lidar com Neborum. Em substituição a isso, Lamar conta com a vontade de cada um para produzir aquele efeito, e pede que os alunos não ofereçam resistência, ou seja, se tornem mais sugestionáveis e tenham a mente aberta em relação aos resultados.<br />


<p>Clique </html>[[A dinâmica da magia (Controlados)|aqui]]<html> para ler um artigo sobre o funcionamento da magia e entender melhor como o modo de ensinar de Lamar se diferencia do tradicional.</p></html>|Peterson Silva (Autor)}}
Clique <a title="Artigo sobre o funcionamento da magia" href="http://seriecontrolados.com.br/no/?page_id=217">aqui</a> para ler um artigo sobre o funcionamento da magia e entender melhor como o modo de ensinar de Lamar se diferencia do tradicional.</html>|Peterson Silva (Autor)}}


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{{ComentarioNO|O movimento com o punho|<html><p>Movimentos não funcionam, a rigor, para nada. Eles não provocam a técnica; não a potencializam ou a direcionam, não a especializam ou a tornam mais sutil ou mais duradoura. Não fazem nada. No entanto, atrelar movimentos corporais a técnicas é uma constante no ensino tradicional de magia por dois motivos: motivação e memória.</p>
{{ComentarioNO|O movimento com o punho|<html>Movimentos não funcionam, a rigor, para nada. Eles não provocam a técnica; não a potencializam ou a direcionam, não a especializam ou a tornam mais sutil ou mais duradoura. Não fazem nada. No entanto, atrelar movimentos corporais a técnicas é uma constante no ensino tradicional de magia por dois motivos: motivação e memória.<br />


<p>Um grande problema para um discípulo de magia é lidar com as regras de Neborum, um mundo que funciona a partir de uma lógica muito diferente. Para que se aprenda a fazer algo nele existe uma grande interpolação entre motivação, conhecimento, relações sociais (quem ensinou a técnica, em que contexto, etc) e o próprio oponente na qual ela é aplicada. As técnicas geralmente fazem referências a diversas salas dentro dos castelos, mas cada pessoa tem um castelo diferente, às vezes com salas que fazem a função de duas, ou uma destas funções sendo divididas em várias salas; ou às vezes a própria sala inexistindo de todo. Dessa forma uma técnica precisa ser adaptada, e a insegurança da adaptação pode atrapalhar a eficácia da técnica.</p>
Um grande problema para um discípulo de magia é lidar com as regras de Neborum, um mundo que funciona a partir de uma lógica muito diferente. Para que se aprenda a fazer algo nele existe uma grande interpolação entre motivação, conhecimento, relações sociais (quem ensinou a técnica, em que contexto, etc) e o próprio oponente na qual ela é aplicada. As técnicas geralmente fazem referências a diversas salas dentro dos castelos, mas cada pessoa tem um castelo diferente, às vezes com salas que fazem a função de duas, ou uma destas funções sendo divididas em várias salas; ou às vezes a própria sala inexistindo de todo. Dessa forma uma técnica precisa ser adaptada, e a insegurança da adaptação pode atrapalhar a eficácia da técnica.<br />


<p>Nesse sentido, muitos mestres preferem "distrair" os alunos da verdadeira tarefa ao dar-lhes um foco novo: um movimento corporal. Ao ligar a técnica ao movimento corporal, a tarefa torna-se mais simples aos olhos do praticante, que por sua vez torna-se mais confiante. Motivado a partir de alguns sucessos iniciais, a técnica torna-se mais fácil de executar. O mestre costuma revelar, a certa altura, que os movimentos corporais não são mais necessários --- ou, se o discípulo ainda sofre com insegurança em relação às próprias habilidades, o mestre revela que o movimento não é mais necessário <i>para aquela</i> técnica em especial. No entanto, o movimento corporal nunca influenciou em nada a magia em si.</p>
Nesse sentido, muitos mestres preferem "distrair" os alunos da verdadeira tarefa ao dar-lhes um foco novo: um movimento corporal. Ao ligar a técnica ao movimento corporal, a tarefa torna-se mais simples aos olhos do praticante, que por sua vez torna-se mais confiante. Motivado a partir de alguns sucessos iniciais, a técnica torna-se mais fácil de executar. O mestre costuma revelar, a certa altura, que os movimentos corporais não são mais necessários --- ou, se o discípulo ainda sofre com insegurança em relação às próprias habilidades, o mestre revela que o movimento não é mais necessário <i>para aquela</i> técnica em especial. No entanto, o movimento corporal nunca influenciou em nada a magia em si.<br />


<p>Outra vantagem do movimento corporal é a memorização: a partir da conexão do símbolo (movimento) com o conteúdo (todo o contexto em que a técnica deve ser realizada), fica mais fácil lembrar do conteúdo. Como dito acima, conteúdos podem ser volumosos em número de passos a executar e situações apropriadas para que a técnica possa ser feita!</p>
Outra vantagem do movimento corporal é a memorização: a partir da conexão do símbolo (movimento) com o conteúdo (todo o contexto em que a técnica deve ser realizada), fica mais fácil lembrar do conteúdo. Como dito acima, conteúdos podem ser volumosos em número de passos a executar e situações apropriadas para que a técnica possa ser feita!<br />


<p>Outro momento do livro em que isso acontece é quando Galvino associa à raiva a produção de fogo no </html>[[Cap%C3%ADtulo_40_do_Volume_1:_Fogo_(Controlados)|Capítulo 40]].<html> Depois ele revela ao filho que aquilo não tem relação alguma: a ideia de que ele conseguiria fazer aquilo já havia sido plantada, e Galvino não precisava insistir em uma falsa associação. Essa é uma atitude inteligente: magos experientes, ao lutarem com magos aprendizes ou menos experientes, buscam ler em suas posturas, movimentos que não parecem práticos e suas emoções pistas sobre o que eles farão. Ser assim tão previsível é um defeito em termos de batalhas pela dominação de um castelo, e por isso a maioria dos magos precisa fazer um caminho curioso se eles quiserem se tornar realmente poderosos: usar os "atalhos" dos movimentos e das associações aleatórias para melhorar o conhecimento mágico e se aperfeiçoar. Depois, aprender a abandoná-los. Outros já suspeitam, portanto, que melhor mesmo é nunca usar os atalhos em primeiro lugar.</p>
Outro momento do livro em que isso acontece é quando Galvino associa à raiva a produção de fogo no Capítulo 40 <a href="http://seriecontrolados.com.br/volume1/?page_id=152" target="_blank">(ler no site de leitura</a> / <a title="Capítulo 40 – Fogo" href="http://seriecontrolados.com.br/no/?page_id=1856">ler capítulo comentado</a>). Depois ele revela ao filho que aquilo não tem relação alguma: a ideia de que ele conseguiria fazer aquilo já havia sido plantada, e Galvino não precisava insistir em uma falsa associação. Essa é uma atitude inteligente: magos experientes, ao lutarem com magos aprendizes ou menos experientes, buscam ler em suas posturas, movimentos que não parecem práticos e suas emoções pistas sobre o que eles farão. Ser assim tão previsível é um defeito em termos de batalhas pela dominação de um castelo, e por isso a maioria dos magos precisa fazer um caminho curioso se eles quiserem se tornar realmente poderosos: usar os "atalhos" dos movimentos e das associações aleatórias para melhorar o conhecimento mágico e se aperfeiçoar. Depois, aprender a abandoná-los. Outros já suspeitam, portanto, que melhor mesmo é nunca usar os atalhos em primeiro lugar.<br />


<p>Clique </html>[[A dinâmica da magia (Controlados)|aqui]]<html> para ler um artigo sobre o funcionamento da magia e entender melhor seu ensino em Heelum.</p></html>|Peterson Silva (Autor)}}
Clique <a title="Artigo sobre o funcionamento da magia" href="http://seriecontrolados.com.br/no/?page_id=217">aqui</a> para ler um artigo sobre o funcionamento da magia e entender melhor o ensino de magia em Heelum.</html>|Peterson Silva (Autor)}}


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{{ComentarioNO|Nauimior|<html>Nauimior, como dito, é um outro nome para a linha do horizonte. O horizonte está profundamente relacionado à </html>[[De onde vem Heelum?|história do surgimento de Heelum]].<html></html>|Peterson Silva (Autor)}}
{{ComentarioNO|Nauimior|<html>Nauimior, como dito, é um outro nome para a linha do horizonte. O horizonte está profundamente relacionado à <a title="De onde vem Heelum?" href="http://seriecontrolados.com.br/no/?page_id=26">história do surgimento de Heelum</a>.</html>|Peterson Silva (Autor)}}


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{{ComentarioNO|Prima-u-jir e os magos|<html><p>A magia não é totalmente proibida em </html>[[Prima-u-jir (Controlados)|Prima-u-jir]]<html>. O que não é permitido é que um mago esteja no parlamento. É claro que, como é muito difícil provar o status de mago em relação a alguém, há muitos parlamentares magos em Prima-u-jir. Como é uma cidade tradicionalmente centralizadora em termos políticos, mas não em termos geográficos e urbanos, a democracia de Prima-u-jir nunca se expandiu muito e há poucos parlamentares - ou seja, o parlamentarismo assume mais uma forma de comitê do que de representantes de interesses daqueles que os elegem. Essa situação, evidentemente, se repete em muitas outras cidades.</p>
{{ComentarioNO|Prima-u-jir e os magos|<html>A magia não é totalmente proibida em <a title="Prima-u-jir" href="http://seriecontrolados.com.br/no/?page_id=576">Prima-u-jir</a>. O que não é permitido é que um mago esteja no parlamento. É claro que, como é muito difícil provar o status de mago em relação a alguém, há muitos parlamentares magos em Prima-u-jir. Como é uma cidade tradicionalmente centralizadora em termos políticos, mas não em termos geográficos e urbanos, a democracia de Prima-u-jir nunca se expandiu muito e há poucos parlamentares - ou seja, o parlamentarismo assume mais uma forma de comitê do que de representantes de interesses daqueles que os elegem. Essa situação, evidentemente, se repete em muitas outras cidades.<br />


<p>A participação dos magos no parlamento também indica, é claro, o tamanho da influência deles, em geral econômica e institucional.</p></html>|Peterson Silva (Autor)}}
A participação dos magos no parlamento também indica, é claro, o tamanho da influência deles, em geral econômica e institucional.</html>|Peterson Silva (Autor)}}


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{{ComentarioNO|Lamar e Tornero|<html><p></html>[[Lamar (Controlados)|Lamar]] e [[Tornero (Controlados)|Tornero]]<html> nasceram em uma mesma jir de Prima-u-jir. Lamar não nasceu em uma família rica; era uma família grande, e os pais eram os donos de uma quantidade de terra boa o suficiente para uma vida sem privações --- ainda que a quantidade de terras não chegava perto de muitos outros proprietários na região, dentre estes magos como o próprio Byron. A família de Tornero era de trabalhadores; eles não tinham as mesmas posses. Ainda assim, estando na vizinhança, Tornero e Lamar se conheciam desde crianças.</p>
{{ComentarioNO|Lamar e Tornero|<html><a title="Lamar" href="http://seriecontrolados.com.br/no/?page_id=200">Lamar</a> e <a href="http://seriecontrolados.com.br/no/personagens/tornero/">Tornero</a> nasceram em uma mesma jir de Prima-u-jir. Lamar não nasceu em uma família rica; era uma família grande, e os pais eram os donos de uma quantidade de terra boa o suficiente para uma vida sem privações --- ainda que a quantidade de terras não chegava perto de muitos outros proprietários na região, dentre estes magos como o próprio Byron. A família de Tornero era de trabalhadores; eles não tinham as mesmas posses. Ainda assim, estando na vizinhança, Tornero e Lamar se conheciam desde crianças.<br />


<p>Surgiu uma oportunidade, e os pais de Lamar agarraram-na ao ceder as terras que tinham para Byron: um de seus filhos seria treinado para a magia, e Lamar recebeu a oportunidade. Tornero, orgulhoso, invejoso e competitivo desde a infância, viu naquilo grande combustível para sua raiva: por sua coragem e sua disposição de arranjar tudo, sentia-se merecedor de muito mais do que tinha. Ao saber que Lamar, um garoto "medíocre", havia conseguido um treinamento para ser mago, alimentou fúria contra o conhecido.</p>
Surgiu uma oportunidade, e os pais de Lamar agarraram-na ao ceder as terras que tinham para Byron: um de seus filhos seria treinado para a magia, e Lamar recebeu a oportunidade. Tornero, orgulhoso, invejoso e competitivo desde a infância, viu naquilo grande combustível para sua raiva: por sua coragem e sua disposição de arranjar tudo, sentia-se merecedor de muito mais do que tinha. Ao saber que Lamar, um garoto "medíocre", havia conseguido um treinamento para ser mago, alimentou fúria contra o conhecido.<br />


<p>Mas Lamar não durou muito como aprendiz: sua série de insucessos e sua muito aparente falta de jeito ou motivação fez com que Byron desistisse dele. Tornero tomou seu lugar, Byron ficando impressionado com a determinação do garoto em conseguir aquilo. Ainda que Lamar não sentisse ter perdido muita coisa ao ter deixado de lado algo que definitivamente não gostava (de toda a sensação de Neborum), sentia-se um perdedor a partir de muitos outros ângulos: os pais ficaram visivelmente tristes pela oportunidade que ele jogou fora (um investimento que nunca rendeu frutos, afinal), e todos os mais velhos que sabiam da situação o recriminaram por jogar fora algo muito valioso. Além disso, Tornero, é claro, lembrava-o do caso a cada momento possível.</p></html>|Peterson Silva (Autor)}}
Mas Lamar não durou muito como aprendiz: sua série de insucessos e sua muito aparente falta de jeito ou motivação fez com que Byron desistisse dele. Tornero tomou seu lugar, Byron ficando impressionado com a determinação do garoto em conseguir aquilo. Ainda que Lamar não sentisse ter perdido muita coisa ao ter deixado de lado algo que definitivamente não gostava (de toda a sensação de Neborum), sentia-se um perdedor a partir de muitos outros ângulos: os pais ficaram visivelmente tristes pela oportunidade que ele jogou fora (um investimento que nunca rendeu frutos, afinal), e todos os mais velhos que sabiam da situação o recriminaram por jogar fora algo muito valioso. Além disso, Tornero, é claro, lembrava-o do caso a cada momento possível.</html>|Peterson Silva (Autor)}}


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{{ComentarioNO|Alorfos|<html><p>Os alorfos são uma outra tradição mágica. Para eles, a magia não é inerentemente ruim: ela poderia servir para bons propósitos, se, e apenas se, ela estivesse à disposição de todos. É a péssima distribuição de conhecimento sobre a magia - há muita ignorância, muita desinformação e muita concentração de poder - que causa a dominação de uma minoria sobre uma maioria desprivilegiada.</p>
{{ComentarioNO|Alorfos|<html>Os alorfos são uma outra tradição mágica. Para eles, a magia não é inerentemente ruim: ela poderia servir para bons propósitos, se, e apenas se, ela estivesse à disposição de todos. É a péssima distribuição de conhecimento sobre a magia - há muita ignorância, muita desinformação e muita concentração de poder - que causa a dominação de uma minoria sobre uma maioria desprivilegiada.<br />


<p>Apesar de terem vindo da mesma vertente crítica do mundo da magia, os alorfos e os filinorfos são tradições diferentes. Por serem ambos, em geral, contrários à dominação dos magos tradicionais, são geralmente tratados como um mesmo grupo por estes, constituindo uma única ameaça e recebendo a mesma repressão.</p>
Apesar de terem vindo da mesma vertente crítica do mundo da magia, os alorfos e os filinorfos são tradições diferentes. Por serem ambos, em geral, contrários à dominação dos magos tradicionais, são geralmente tratados como um mesmo grupo por estes, constituindo uma única ameaça e recebendo a mesma repressão.<br />


<p>Clique </html>[[Cap%C3%ADtulo_2_do_Volume_1:_A_charrete_dos_cinco_yutsis_(Controlados)#culturamagiaplanolamar|aqui para ler uma observação do capítulo 2 relacionada ao assunto]], e [[Alorfos (Controlados)|aqui para ler o artigo sobre os alorfos]]<html></html>.</p></html>|Peterson Silva (Autor)}}
Clique <a title="Observação relacionada">aqui para ler uma observação do capítulo 2 relacionada ao assunto</a>, e <a title="Alorfos" href="http://seriecontrolados.com.br/no/?page_id=1841">aqui para ler o artigo do Neborum Online sobre os alorfos</a>.</html>|Peterson Silva (Autor)}}


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{{ComentarioNO|Neborum|<html><p>É preciso reforçar que Neborum é </html>[[A dinâmica da magia (Controlados)|um lugar de regras diferentes]]<html>. Assim como há pessoas que enjoam em embarcações e pessoas que não o fazem, se acostumar a Neborum é algo que implica diferentes ritmos para diferentes pessoas. Seguindo a analogia, a rejeição psicológica é também um fator importante a considerar; se alguém tem medo de água, provavelmente não vai estar tão disposto a se acostumar com o balanço de um barco no meio do mar.</p>
{{ComentarioNO|Neborum|<html>É preciso reforçar que Neborum é <a title="A dinâmica da magia" href="http://seriecontrolados.com.br/no/?page_id=217">um lugar de regras diferentes</a>. Assim como há pessoas que enjoam em embarcações e pessoas que não o fazem, se acostumar a Neborum é algo que implica diferentes ritmos para diferentes pessoas. Seguindo a analogia, a rejeição psicológica é também um fator importante a considerar; se alguém tem medo de água, provavelmente não vai estar tão disposto a se acostumar com o balanço de um barco no meio do mar.<br />


<p>Para Lamar a experiência de Neborum nunca fora palatável: sem o costume, portanto, o lugar sempre é uma algazarra de imagens, sons e sensações que evocam dor, desconforto, náusea e profunda desorientação. O mais comum para todos os aprendizes é que se demore muito para sequer conseguir fazer com que Neborum torne-se um ambiente estável, ainda mais tempo para ficar de pé, mais tempo para andar, e muito mais tempo para fazer tudo isso sem que o <i>corpo físico</i> em Heelum não se mexa freneticamente a cada movimento feito em Neborum. E isso, é claro, é completamente relativo: cada um vê Neborum de maneira diferente, de forma que aquilo que é para um mago experiente um cenário absolutamente calmo pode ser para um discípulo o caleidoscópio mais confuso que poderia existir.</p></html>|Peterson Silva (Autor)}}
Para Lamar a experiência de Neborum nunca fora palatável: sem o costume, portanto, o lugar sempre é uma algazarra de imagens, sons e sensações que evocam dor, desconforto, náusea e profunda desorientação. O mais comum para todos os aprendizes é que se demore muito para sequer conseguir fazer com que Neborum torne-se um ambiente estável, ainda mais tempo para ficar de pé, mais tempo para andar, e muito mais tempo para fazer tudo isso sem que o <i>corpo físico</i> em Heelum não se mexa freneticamente a cada movimento feito em Neborum. E isso, é claro, é completamente relativo: cada um vê Neborum de maneira diferente, de forma que aquilo que é para um mago experiente um cenário absolutamente calmo pode ser para um discípulo o caleidoscópio mais confuso que poderia existir.</html>|Peterson Silva (Autor)}}


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<p style="text-align: justify;">Caiu pra trás, mas sentia-se em pé --- ou deitado --- e tonto. Perdeu a noção do tempo que passou massageando o rosto, ora mais calmamente, ora de forma mais nervosa. Apenas quando voltou a ver somente o negrume incompleto das próprias mãos sobre sua vista esfoliada, sentindo a grama fria roçando a nuca --- só então sentiu-se seguro para abrir os olhos de novo. Contemplou o céu laranja e as pálidas nuvens com alívio. Convencendo-se de que o melhor a fazer era ir para casa, levantou-se e, com passadas lentas, foi embora.</p>
<p style="text-align: justify;">Caiu pra trás, mas sentia-se em pé --- ou deitado --- e tonto. Perdeu a noção do tempo que passou massageando o rosto, ora mais calmamente, ora de forma mais nervosa. Apenas quando voltou a ver somente o negrume incompleto das próprias mãos sobre sua vista esfoliada, sentindo a grama fria roçando a nuca --- só então sentiu-se seguro para abrir os olhos de novo. Contemplou o céu laranja e as pálidas nuvens com alívio. Convencendo-se de que o melhor a fazer era ir para casa, levantou-se e, com passadas lentas, foi embora.</p>
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==Ver também==
 
* Próximo capítulo


{{UtilNOCap|Capítulo comentado (Controlados)|Neborum Online}}
{{UtilNOCap|Capítulo comentado (Controlados)|Neborum Online}}

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