Terceira Aurora (Controlados)

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Terceira Aurora é um período da história de Heelum que é deflagrado pelo surgimento dos minérios, um mistério de Heelum. É uma época marcada pelo debate do ouro e pelo surgimento do sistema de posse individual.

Descoberta dos minérios

Surgindo ao longo de Heelum em cada vez maior intensidade, a descoberta das pedras com efeitos específicos revolucionou o mundo em vários sentidos. Entretanto, devido a apenas minérios de formatos e cores muito específicos conterem efeitos de fato (há muitos anômalos que são descartados nas fazendas por não possuírem, aparentemente, nenhum efeito) foi preciso muito tempo de maturação e pesquisa para que mais minérios fossem reconhecidos, estudados e aplicados à rotina das pessoas e das cidades.

Consequências específicas

A medicina evoluiu com a virtual trivialização de vários tipos de sintomas (como a febre e a dor de cabeça) e até traumas graves, como perfurações. O símbolo da medicina em Heelum tornou-se desde então um minério hexagonal. Os minérios de luz estabeleceram um novo tipo de senso estético e urbanístico, além de modificar a dinâmica da vida noturna nas cidades. Kor-u-een, em especial, foi bastante impactada pela adoção dos minérios como fonte de iluminação noturna. Minérios com propriedades específicas incentivaram transformações em vários campos específicos. As esferas de fogo introduziram todo tipo de debate acerca da música, desafiando tanto o rock quanto a música tradicional. A corvônia transformou a arquitetura e a engenharia; embora algumas cidades tenham majoritariamente rejeitado o material (como Kerlz-u-een), outras adotaram-no em larga e ampla escala (Al-u-ber). Ia-u-jambu liderou os esforços pela catalogação e o estudo dos efeitos dos minérios, consolidando sua fama e seu papel como referência em conhecimento.

Transformações sociais

A grande transformação social da época diz respeito ao comércio: os minérios começaram a surgir em árvores de maneira aleatória, e portanto em propriedades aleatórias. Sendo um artigo de luxo e por muito tempo de valor variável (de acordo com a cidade) e duvidoso, as cidades tomaram poucas medidas regulatórias, tendo-se uma discussão pública mínima sobre essa inovação social: não sendo um artigo que comumente se gerenciava na vida em comum, possuir minérios pessoalmente tornou-se uma "zona cinza" cultural, social e política dos quais muitos se aproveitaram à medida que foi ficando mais claro o potencial do novo mistério. Começava assim uma dinâmica com base na posse individual e no ouro que culminaria nos debates que marcaram os anos posteriores dessa fase de Heelum. O problema se agravou por causa do gerenciamento de tipo misto de recursos: o ouro passava a ser universalmente aceito como meio de troca, mas nem para todos os ítens; enquanto algumas trocas seguiam sendo arranjos entre as produções de toda uma cidade com as produções de outra, outros passaram a ser transações privadas, entre indivíduos, e logo esta mecânica gerou não apenas desagrado e complexidade, como também uma distribuição desigual de renda. De aparente luxo que que portanto não merecia um atento olhar social, os minérios tornaram-se coisas essenciais à vida em sociedade, e os (acidentalmente) pioneiros na área (e outros aventureiros e visionários) se viram em posse de grande riqueza e oportunidade dali em diante. Isso não desfez distinções de status e influências políticas nos sistemas singulares que eram cada cidade, mas introduziu um novo elemento no jogo e valorizou decididamente o ouro com o passar do tempo. O agravo da situação de desigualdade levou a um acirramento de opiniões e à exigência pública de que o sistema fosse reformado para ser mais coerente e consistente com apenas um princípio: iniciava-se assim o debate do ouro. Apesar do debate envolver dúvidas sobre o que fazer com o ouro, especialmente para que a posse individual dele não destruísse a política como se conhecia até então, a moeda (o dinheiro) já havia se tornado pervasivo o bastante para não ser posto em discussão. Separados fisicamente pela primeira guerra; psicologicamente pela perda da rede de luz; separados, assim, por desconfiança, medo e bairrismo - assim estavam os humanos ao fim da Segunda Aurora. As relações comerciais de interesse individual eram a praxe entre cidades, mas as relações entre pessoas também se deterioraram. Dessa forma, as pessoas também sentiam medo e desconfiança umas das outras, e passaram a desenvolver um interesse individual ao ver o quanto poderiam crescer se não fossem constrangidas pelo esquema de produção e distribuição da cidade. As cidades não precisariam mais registrar e organizar a produção. Parecia ser a união perfeita entre a conveniência organizacional - tudo vai se organizar bem sozinho - e o interesse individual, que surgiu mediante a desunião entre as pessoas (sem nem mencionar o processo de divisão mais intenso de trabalho que surgiu com a fase solitária das cidades, um fator imensamente contributivo). O surgimento (tímido) da magia marca a passagem à Quarta Aurora.