Lista de técnicas dos preculgos (Controlados)
Aqui está compilada uma lista de técnicas mágicas executadas pelos magos preculgos. A lista não é exaustiva, e apresenta apenas as técnicas explicitamente mencionadas ou mostradas nos livros e capítulos extras; ela não lida com possíveis técnicas, ou técnicas que são apenas implicitamente mencionadas, sem uma certeza narrativa de que de fato ocorreram.
"Afrouxamento" da consciência
O que causa: Faz com que o influenciado tenha a cognição cada vez mais distorcida, até o ponto em que se torna inconsciente. No caso de quem já está dormindo, dota-o de sono pesado.
O cocheiro dormiu. Já que o pai não roncava, os barulhos só podiam vir do condutor. Gustavo invadiu seu castelo e afrouxou sua consciência — uma técnica preculga única entre as outras, que poucas pessoas pensavam ser útil quando o alvo estivesse dormindo, mas que na verdade fazia com que ele não acordasse mesmo se o teto sob o qual dormia caísse sobre si. [sc name="cap6v2long"]
Como se faz: Não é especificado.
Exemplos: Gustavo utiliza a técnica no cocheiro do pai no capítulo 6 do Volume II [sc name="cap6v2short"], e também em Anabel no capítulo 23 do mesmo livro [sc name="cap23v2short"]. Dalki foi provavelmente vítima da mesma técnica duas vezes no Volume II: no capítulo 13 [sc name="cap13v2short"], durante a incursão no Parlamento de Al-u-een, e no capítulo 62 [sc name="cap62v2short"], durante a Batalha de Al-u-een. Uma versão mais fraca dessa técnica é a base da magia espontânea que Fjor sente quando vai ao show de Clarissa Camp no [sc name="cap50long"].
Relação com os Pilares da conduta: Baixa ou nula.
Não é preciso que eu faça tal coisa
O que causa: A lógica é que, como toda uma situação está bem arranjada, "eu" não sou peça fundamental do plano e portanto posso me ausentar.
Estavam cansados daquela vigia sem sentido. Essa era a verdade. Tão cansados, mas tão cansados, e tão confiantes na absoluta calma com que tudo transcorreria, que decidiram não ir trabalhar. Não todos, é claro: se não houvesse policiais magos, a prisioneira não poderia ser escoltada para o palanque, e então todo o esquema de folga seria descoberto pelo delegado. Não, é pura lógica que não poderiam pedir por um dia de descanso para o delegado. Ele negaria, dizendo que aquele era um dia importante; essencial, até. Não poderia ter sua segurança comprometida num dia como aquele! E se algo desse errado? Mas é claro que não daria. O que poderia dar errado? [sc name="cap23v2long"]
Como se faz: Não é especificado.
Exemplos: Gustavo utiliza a técnica para fazer com que vários policiais determinados para trabalhar no dia da execução de Anabel não aparecessem para o trabalho.
Relação com os Pilares da conduta: Trata-se de um novo plano em que os prejuízos e os custos são minimizados; as chances de sucesso são maximizadas. Possivelmente, a sensação de propriedade em relação ao tempo e/ou ao espaço é fortificada pouco tempo antes da hora desejada.
Se eu fizer isto sozinho, toda a glória será minha; meu parceiro, contudo, jamais me deixaria ficar com toda a glória
O que causa: O influenciado mata seu(s) companheiro(s) em uma missão com vistas a obter certa glória ou reconhecimento, a partir da lógica de que receberá sozinho os louros pela vitória.
Como se faz: Não é especificado.
Exemplos: Dier influencia um soldado do Exército de Imiorina a pensar dessa forma no [sc name="cap46v2long"].
Esta pessoa claramente tem sérios problemas mentais e é completamente instável; devo ceder a seus desejos em nome de minha segurança
O que causa: A técnica consiste em fazer o influenciado concluir "logicamente" que o mago (ou alguma outra pessoa) é tão instável que é necessário ceder a seus desejos, ou a pessoa / o mago pode acabar fazendo algo terrível. A técnica depende de contexto tanto para ser efetiva quanto sutil; quanto mais o mago / a pessoa "interpretarem" uma pessoa perigosa e instável, mais fácil fica para a pessoa concluir daí que é preciso ceder e que a ideia foi sua. Sem a interpretação a técnica ainda pode funcionar, mas precisa de mais força para que a lógica se sustente diante de tão pouca evidência, sendo que a pessoa pode desconfiar que está sendo dominada (já que não haveria motivos para pensar segundo essa lógica).
Como se faz: Não é especificado.
Exemplos: Gustavo utiliza a técnica em vários momentos para pressionar certas pessoas a lhe obedecer. Kan, enquanto ainda era um preculgo foragido de sua família, utilizava-se da técnica para convencer pessoas a lhe oferecerem lugares onde ficar nas cidades em que ficava ([sc name="cap41v2long"]).
Relação com os Pilares da conduta: Trata-se de um novo plano em que os benefícios são ligados à manutenção do status quo e da própria segurança, com custos minimizados e prejuízos exagerados. A propriedade do tempo e do espaço pode também ser maximizada.
Infalibilidade da invisibilidade
O que causa: A ideia de que o influenciado não será descoberto nalgum ato reprovável que deseja (ou é levado a querer) fazer.
Como se faz: Não é especificado.
Exemplos: Flavian, irmão de Dier, usa esta técnica como uma das várias com que faz que Lamar coma na Noite dos Mestres.
Relação com os Pilares da conduta: Está intimamente relacionada a um plano já arquitetado pelo mago invasor, que deve então aumentar as chances de sucesso e diminuir drasticamente a sensação de prejuízo, talvez tornando bastante próprios espaço e tempo.
É apenas justo
O que causa: O influenciado é levado a fazer algo porque passa a considerar aquilo "justo" ou "correto".
Como se faz: Não é especificado.
Exemplos: Flavian motiva Lamar a comer na Noite dos Mestres a partir da ideia de que não seria justo desperdiçar comida - o que é levado a crer que certamente aconteceria se ele não "ajudasse" os demais comensais.
Relação com os Pilares da conduta: Significa adicionar este fator como um benefício do plano. Depende do quanto alguém valoriza a justiça como valor em primeiro lugar.
Teoria contraintuitiva / conspiratória
O que causa: Faz com que a pessoa influenciada passe a explicar algum fenômeno ou situação a partir do contrário do que seria razoável imaginar que seja a explicação.
Como se faz: Não é especificado.
Exemplos: Flavian faz com que Lamar pense que não deveria obedecer a Dier na Noite dos Mestres. Sem saber que Lamar não é de fato discípulo de Dier, Flavian não consegue usar a técnica efetivamente; Lamar, sozinho, rebate a possibilidade com uma lógica infalível de que não deveria contrariar o mestre figurativo.
Relação com os Pilares da conduta: Significa novos planos, com valores alterados para praticamente todo campo a ser preenchido em um plano.
Não é a hora certa
O que causa: Faz com que o influenciado pense que não é um momento apropriado para fazer seja lá o que ele estiver fazendo ou prestes a fazer.
Como se faz: Ver Pilares da conduta.
Exemplos: Amanda faz com que Anna desista de uma cerimônia de iniciação.
Eu preciso saber
O que causa: Faz com que o influenciado pense que uma informação lhe é crucial.
Como se faz: Não é especificado.
Exemplos: Alice faz com que Caterina pense ser importantíssimo ela saber se Byron está ou não Amanda faz com que Anna desista de uma cerimônia de iniciação.
Relação com os Pilares da conduta: Significa um novo plano, com custos e prejuízos minimizados. O problema é que o benefício tem, geralmente, pouca sustentação - se o interesse fosse genuíno em primeiro lugar uma técnica como essa sequer seria necessária.